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sábado, 27 de outubro de 2012

Com gol e lesão de Seedorf, Bota goleia Dragão, a um passo da queda


BOTAFOGO 4 X 0 ATLÉTICO-GO

Soa estranho colocar ressalvas em uma vitória sólida, por 4 a 0, sem grandes sustos, como esta do Botafogo sobre o Atlético-GO no Engenhão. Acontece que nem só de festejos alvinegros foi feito o jogo deste sábado. Seedorf abriu o resultado com um gol, mas trocou o sorriso por lágrimas ao sofrer uma lesão muscular pouco depois. A rodada ainda amenizou o impacto do triunfo botafoguense, já que São Paulo e Inter também ganharam. Ao Dragão, com mais uma derrota, resta esperar a explosão da bomba-relógio que virou a reta final do campeonato. O rebaixamento é questão de tempo.
Foi a terceira vitória seguida do Botafogo no Brasileirão – agora é o sexto colocado. O time carioca sobe na tabela, mas as perspectivas de vaga na Libertadores seguem pouco animadoras. Restam apenas cinco rodadas, e a distância para o São Paulo, atual último classificado, é de oito pontos. Para o goleiro Jefferson, o mais importante é a evolução tática do time.
- Estamos jogando em grupo, em conjunto. Isso facilita tudo. A marcação começa desde lá da frente. O time está de parabéns - disse o camisa 1 na saída do campo.

seedorf Botafogo x Atlético-GO (Foto: Marcelo Santos/AGIF)
O Atlético-GO já teria sido rebaixado nesta rodada se o Bahia tivesse vencido o Grêmio (o jogo terminou empatado por 1 a 1). Último colocado, com 23 pontos, 14 atrás do time baiano, o Dragão cairá se não vencer seu próximo jogo, aconteça o que acontecer nos resultados paralelos.
O goleiro Márcio já não vê mais esperanças para o Dragão, mas garante que o time continuará jogando com seriedade.
- Vou continuar treinando e me dedicando. Fomos rebaixados em uma competição muito difícil, mas a vida segue. Temos que ter honra e também respeito com o campeonato. Serão jogos importantes para o futuro da competição.
O adversário dos goianos será o Corinthians, domingo, no Serra Dourada. No mesmo dia, o Botafogo visita o Palmeiras.
 
O gol e as lágrimas de Seedorf
Quinze minutos separaram as duas pontas de um contraste para Clarence Seedorf no gramado do Engenhão neste sábado. A imagem do jogador chorando ao manquitolar para fora do campo, com lesão muscular na coxa direita, foi o extremo oposto da alegria que ele sentiu ao fazer o primeiro dos dois gols do Botafogo sobre o Atlético-GO no primeiro tempo. Foi um momento emblemático: um jogador de 36 anos, consagrado, rico, multicampeão, chorou por causa de uma lesão – de decepção, não de dor.
É que ele sabe quão importante é para o Botafogo, como ficou escancarado no primeiro gol alvinegro, aos 20 minutos. Seedorf parece sempre chegar na hora certa para concluir. Ele esperou o cruzamento de Lucas, o desvio de calcanhar de Lodeiro e o passe de Bruno Mendes para, com precisão matemática, encontrar a bola e fazer o gol. Festa, alegria, sorrisos: por 15 minutos. Pouco depois, viriam as lágrimas.
Enquanto isso, o Atlético-GO se consolava em algum milagre qualquer para seguir adiando um rebaixamento (quase) inevitável. Os visitantes tiveram mais posse de bola do que os mandantes no Engenhão nos 45 minutos iniciais: 54% contra 46%. Mas pouco adiantou. Ficou muito com o controle de um objeto com o qual não soube lidar.
O Botafogo, embora jamais tenha amassado o adversário, foi muito mais efetivo no ataque. Teve nove finalizações, contra quatro do Dragão – que só ameaçou de verdade em chute cruzado de Reniê, para fora. Justamente por isso, não chega a ser injustiça o time carioca ter alcançado seu segundo gol no último lance da etapa.
Foi um gol de ensaio, de precisão. Andrezinho cobrou falta pela esquerda na direção da área. O zagueiro Dória esperou o momento oportuno para arrancar e, de cabeça, ampliar a vantagem do Botafogo.
 
A arrancada e o xodó
Caso os jogadores do Atlético-GO sejam sujeitos otimistas, voltaram para o segundo tempo esperançosos de uma reviravolta. Mas durou pouco. Com três minutos, Gabriel deu o golpe final em um oponente cambaleante. Detalhe: cruzou quase o campo inteiro sem ser incomodado para fazer o terceiro gol.
Jefferson fez uma intervenção, ficou com a bola nas mãos e logo percebeu Gabriel à frente da área. Cedeu a jogada a ele. O volante olhou para a frente e disparou. E foi mais um pouco. E correu mais um tanto. Parecia estar sozinho em campo. Ninguém chegou perto dele. O chute cruzado ainda desviou em Diego Giaretta: 3 a 0.
Aí o jogo virou uma calmaria para o Botafogo. Andrezinho, de muito boa atuação, merecia um gol. Faltou pouco para conseguir. Primeiro, Giaretta cortou chute em diagonal dele. Depois, Márcio voou para espalmar cobrança de falta. Não deu, mas o placar não estava fechado.
Faltava o gol do xodó. Bruno Mendes, aos 34 minutos, aumentou sua recente coleção de gols. Fez o quinto nos últimos quatro jogos ao chutar de longe, rasteiro, no canto de Márcio.
Diego Giaretta ainda foi expulso, tornando um pouco mais melancólico o fim de jogo do agonizante Dragão goiano. Mas o Botafogo pouco fez depois disso. Os minutos finais foram quase uma encenação – com os dois times esperando o tempo passar e ouvindo a torcida alvinegra anunciar:
- Eu acredito! Eu acredito!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Família de Garrincha participa de homenagem ao craque

No dia do aniversário do Anjo das Pernas Tortas, grupo realiza tour guiado pela sede, em General Severiano

Família do Garrincha visita o Botafogo  (Foto: Divulgação / Flickr Oficia do Botafogo)

Vivo na memória dos botafoguenses e do apreciador do bom futebol, Garrincha completaria 79 anos nesta quinta-feira. O Anjo das Pernas Tortas, que faleceu em 1983, foi homenageado pelo clube alvinegro, que abriu as portas para visitantes ilustres ligados à história do craque, incluindo familiares do ex-jogador. Recepcionados pelo diretor de marketing do Botafogo, Marcelo Guimarães, o grupo realizou o tour do Projeto Manequinho, em visita guiada pela sede, em General Severiano.

Da família do Mané, três gerações estiveram presentes: Rosangela (uma de seus 14 filhos), Roberta (neta), Felipe (bisneto); do clube em que começou, o Esporte Clube Pau Grande, o presidente Edson José de Barros e o conselheiro Vantuil Gomes dos Anjos; da Fundação Mané Garrincha, os garotos Marcelo, Mauro e Cleython.

- É um orgulho muito grande ser filha do Garrincha, muito bom carregar o nome dele - contou Rosangela, que recebeu ainda uma camisa oficial do Botafogo das mãos do diretor executivo do clube, Sérgio Landau.

Ponta-direita de dribles desconcertantes, Garrincha jogou no Botafogo de 1953 a 1965, onde conquistou três Campeonatos Cariocas e dois Torneios Rio-São Paulo. Com a seleção brasileira, foi bicampeão do mundo em 1958 e 1962.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Presidente do Botafogo: 'Não é complicado pensar para frente'

Maurício Assumpção não joga a toalha por vaga na Libertadores, mas fala em trabalho de médio e longo prazo no clube e exalta investimento na base.

Reeleito no fim do ano passado para mais um mandato de três anos, o presidente Maurício Assumpção ainda está atrás da sonhada vaga na Taça Libertadores, competição que o Botafogo não disputa desde 1996. A dificuldade imposta pelo Campeonato Brasileiro e as eliminações precoces na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana reduziram as chances de o objetivo ser alcançado. Mesmo sem desanimar, o dirigente faz questão de exaltar o trabalho que vem sendo realizado nas categorias de base do clube e nos resultados esperados para o futuro.
Apesar da ansiedade no clube por conquistas imediatas, Maurício não aumenta a pressão já existente sobre o departamento de futebol do Botafogo e pensa no que vem pela frente, mesmo consciente de que ficar fora da Libertadores de 2013 não estava em seus planos. Desde 2009, seu primeiro ano na presidência, o time profissional celebrou apenas o título do Campeonato Carioca de 2010.
oswaldo oliveira botafogo x fluminense (Foto: Satiro Sodré/Agif/Agência Estado)Oswaldo de Oliveira tem a confiança de Maurício Assumpção (Foto: Satiro Sodré/Agif/Agência Estado)
- Eu acho que não é complicado pensar para frente. O pessoal fala: "Ah, mais um ano perdido". Mas será que as pessoas não enxergam que o Botafogo está em uma crescente? Os resultados não são os que a gente quer. É claro, óbvio que eu gostaria de disputar a Libertadores. A gente monta time com três milhões e meio de orçamento contra times da ponta da tabela que tem orçamento de sete, oito, 11 milhões. Na divisão de base, você equipara isso - disse Maurício.
Durante a temporada, Dória, Gabriel e Jadson conquistaram as posições de titulares no time comandado pelo técnico Oswaldo de Oliveira. Para o futuro, o presidente projeta um maior número de jogadores formados no clube ocupando esse espaço. Para o ano que vem, a expectativa de contratações, inclusive, deve ser em menor número justamente por conta do surgimento de revelações em condições de serem escaladas sem maiores preocupações.
- Esse trabalho demora. Reestruturar o Botafogo não é fácil. Em 2009, se não pensássemos na frente, estaríamos mortos. A qualificação tem acontecido de maneira gradual. A gente precisa qualificar mais. Eu hoje tenha talvez que trazer três, quatro peças para o ano que vem. Posso puxar da base. Quando você tem isso, é mais fácil montar elenco. Todos os times na ponta do Brasileiro, fizeram esse trabalho, de médio e longo prazo. Se quisesse abandonar, tinha abandonado, pego o dinheiro que investi na base e contratado um elenco mais caro que esse. Ia ganhar título? Talvez um. E no ano seguinte? - questionou o dirigente.
Com 40 pontos, o Botafogo está na sétima colocação no Brasileiro. Para chegar ao quarto lugar, ocupado pelo Vasco, precisa tirar uma diferença de 10 pontos, além de torcer contra São Paulo e Atlético-GO na Copa Sul-Americana. Mesmo assim, ainda acredita na classificação e usou o exemplo do Palmeiras, campeão da Copa do Brasil e garantido na Libertadores do ano que vem, que luta contra o rebaixamento no Brasileiro, para mostrar a dificuldade da competição.
- É um elenco muito mais caro que o meu e estão nesta situação. Tenho conversado sempre com o Oswaldo, tanto eu quanto o vice de futebol, Chico Fonseca. Jogar a toalha jamais. Quem vê o time do Botafogo jogando como no sábado, contra o Fluminense, não pode jogar a toalha. A gente quer título, eles têm de se matar e estão se matando. Não sou eu que estou falando. Vocês viram sábado. O Abel falou na entrevista que nos primeiros vinte minutos o Botafogo deixou o Fluminense sem saber o que fazer. Eles são profissionais, sabem da responsabilidade que têm. Estão jogado bem, mas não conseguem vencer. Esse elenco tem moral, é composto de jogadores com caráter, não vão se entregar e vão tentar dar essa alegria ao Botafogo - afirmou o presidente.
Para ilustrar a sua preocupação com a reestruturação do clube, Maurício lembrou o avanço no número de sócios proprietários, que aumentou de 900 para quase quatro mil, e de sócios torcedores, pulando de três mil para mais de 11 mil. Além disso, citou a importância de o clube ter conseguido manter pelo menos um percentual de cada jogador do elenco atual.
*Colaborou o estagiário Gabriel Fricke, sob a supervisão de Thales Soares


"Eu hoje tenha talvez que trazer três, quatro peças para o ano que vem. Posso puxar da base. Quando você tem isso, é mais fácil montar elenco. Todos os times na ponta do Brasileiro, fizeram esse trabalho, de médio e longo prazo"
Maurício Assumpção


 

Gabriel tranquilo por ausência de Neymar no jogo desta quarta

Neymar não jogará no Rio de Janeiro por estar servindo a Seleção Brasileira nos amistosos na Europa.
Se há uma boa notícia para os jogadores do sistema defensivo do Botafogo para a partida desta quarta, contra o Santos, é a de que Neymar está servindo a Seleção Brasileira. Apesar de ser uma boa equipe e ter um bom treinador, a ausência do atacante santista muda muita coisa no adversário.
Um dos que acredita que a ausência de Neymar será primordial para o alvinegro carioca é o volante Gabriel. O jovem faz questão de rasgar elogios ao camisa 11 do Santos, dizendo que o time joga em função do atacante:

"A gente sabe que ele tem muita qualidade e tem nível de Seleção. Sem jogar, é peça fundamental porque o time joga em função dele, podemos tirar proveito disso. Agora, podemos marcar e jogar do jeito normal, como sempre fazemos. Acho que ele em 2014, vai ajudar muito à nossa Seleção", disse o jovem jogador.
Com isso, o atleta crê que os adversários devem sentir dificuldade e podem se complicar durante a partida:
"Pode ser que eles se percam sem ele, mas também têm grandes nomes que podem supri-lo. É uma realidade no futebol brasileiro, todos os times contam com elencos de muita capacidade", concluiu.