buscape


buscape

terça-feira, 26 de março de 2013

Rabello atribui erros de Madureira x Bota a assistentes e elogia o árbitro

'Mostrou coragem e preparo emocional', diz presidente da Comissão de Arbitragem do Rio, que parabenizou Philip Georg Bennett com um abraço

As polêmicas envolvendo o duelo entre Madureira e Botafogo, na tarde de domingo em Moça Bonita, recaíram sobre o árbitro Philip Georg Bennett. De forma injusta para o presidente da Comissão de Arbitragem da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj). Jorge Rabello analisou que houve dois erros no jogo, mas os atribuiu aos assistentes Luiz Claudio Regazone e Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa. O primeiro - que será afastado para reciclagem - por não assinalar o impedimento de Seedorf no lance que gerou o pênalti de Fernando em Rafael Marques, e o segundo por marcar equivocadamente uma falta de Bolívar em Derley, na jogada em que ele terminaria sofrendo um pênalti de Jefferson.

Philip, por sua vez, recebeu só elogios de Rabello, que enalteceu em mais de uma oportunidade a coragem do árbitro em campo. O que motivou até um abraço de parabenização quando os dois se encontraram na tarde desta segunda feira, na sede da federação carioca.
- Dei os parabéns pela coragem. Ele foi muito bem em todas as variáveis de um árbitro num jogo: parte fisica, técnica, disciplinar e emocional. Tudo o que fez foi de forma correta. É um jovem de 27 anos, que está há quatro anos no quadro nacional e mostrou o seu potencial. Merece todos os parabéns. Infelizmente, houve um erro do Regazone ao não marcar o impedimento do Seedorf. No outro lance, o assistente achou que houve um toque (que derrubou Bolívar), e ele ainda acha que houve. Vai até buscar uma imagem para tentar mostrar. Eu achei que não houve, mas o assistente estava ali. Foram dois erros que aconteceram na partida pelos assistentes. Ele (Philip) em nenhum momento errou - opinou.
O tempo de um minuto e 38 segundos, levados desde a marcação do pênalto sobre Rafael Marques à anulação do lance, foi lamentado por Rabello, mas não considerado um erro. O presidente da Comissão de Arbitragem revelou que o próprio auxiliar percebeu o equívoco e deu início ao diálogo entre os árbitros na ocasião. Além disso, ele rechaçou qualquer possibilidade de interferência da TV sobre a decisão final e minimizou a longa pausa devido à marcação correta.
- Infelizmente houve uma demora na decisão de voltar o pênalti. Demorou, mas felizmente acertou. Houve uma conferência entre os árbitros. E vamos acabar com essa história de que houve ajuda externa. Eu estava assistindo ao jogo pela TV, e o lance do impedimento só foi reprisado depois que o Philip tirou a bola da marca do pênalti. Foi uma decisão entre os árbitros, que começou com o próprio Regazone. Quando aconteceu o pênalti, ele fala no ponto eletrônico: "Pô, Philip, vacilei". Ele não ficou convicto se foi um passe do jogador do Madureira ou não. Aí, tanto o quarto árbitro como o adicional falaram no radio comunicador que não houve passe. Eles são orientados a não reiniciar a partida enquanto houver dúvida - explicou Rabello, voltando a elogiar Philip.
- Ele poderia ter sido covarde, omisso, pois já tinha marcado o pênalti quando houve o diálogo e poderia falar para o assistente: "Depois você que segure teu erro do impedimento". Mas ele mostrou coragem e prepar emocional, em nenhum momento se perdeu.
Árbitro Madureira x Botafogo (Foto: Guilherme Pinto/Agência O Globo) 
Presidente não crê em anulação do cartão dado a Seedorf
Ao fim do jogo, o discurso do Botafogo era tentar anular o cartão vermelho dado a Seedorf. O argumento seria de que houve um equívoco tanto do árbitro quanto do jogador, já que quem foi substituído para a entrada de André Bahia foi Cidinho, e não o holandês. Se ambos tivessem percebido isso, a expulsão poderia ter sido evitada. Mas a divulgação da súmula da partida, onde o juiz alega ter sido acusado de 'palhaçada', mudou os planos da diretoria alvinegra, que não deve mais entrar com uma representação contra Philip na federação. Mesmo que aconteça uma manifestação do clube, Rabello não acha possível anular o cartão.
- Primeiro, não entendedo como o TJD vai entender isso legalmente. É uma opinião pessoal, não vejo como anular. Se fosse porque o árbitro se enganou, mas o árbitro deu o segundo cartão amarelo porque o Seedorf disse que ele estava de palhaçada. De qualquer maneira, sempre digo que é direito de qualquer filiado, em qualquer competição, fazer uma interpelação. E nós, da Comissão de Arbitragem, temos a obrigação de responder e tentar explicar, concordar ou discordar.
 
Por Thiago de Lima Rio de Janeiro

 

Com show e expulsão de Seedorf, Botafogo bate Madureira e lidera

Com atuação decisiva do meia holandês Clarence Seedorf, o Botafogo venceu o Madureira por 2 a 1 neste domingo e se firmou na liderança do Grupo A da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca. O jogador marcou o gol da vitória aproveitando jogada de Rafael Marques e ainda deu assistência para Dória, que abriu o placar.
No final do jogo, Seedorf ainda causou confusão, depois de receber cartão amarelo. O jogador se revolvou com a punição e resolveu deixar o gramado. O árbitro não gostou da atitude e deu cartão vermelho ao jogador, algo que nunca havia acontecido em sua carreira. Com o resultado, o Botafogo chega aos seis pontos ganhos. O Madureira, por sua vez, ainda não pontuou, já que perdeu seus dois jogos na Taça Rio.
O Madureira vai entrar em campo novamente pelo Campeonato Carioca na quarta-feira, quando recebe o Volta Redonda na Rua Conselheiro Galvão às 16h (de Brasília). No dia seguinte, quinta-feira, o Botafogo volta ao Engenhão para pegar o Friburguense às 19h30.
A partida em Madureira começou monótona e assim permaneceu até os 31min, quando um lance polêmico agitou as equipes. Rafael Marques participava de jogada na área quando se enroscou com Fernando e caiu. O árbitro marcou pênalti, que seria cobrado por Seedorf. No entanto, após conversa com o assistente, desfez a decisão por impedimento do camisa 10 botafoguense.
Seedorf estaria impedido no início da jogada que causou a polêmica, e a marcação foi confirmada mesmo com o fato de que a bandeira não havia sido levantada pelo assistente. O Botafogo ficou sem o pênalti e, por reclamação, Marcelo Mattos levou cartão amarelo. Aos 43min, o gol finalmente saiu: Seedorf cruzou e Dória desviou para o fundo das redes, abrindo o placar em Madureira.
No segundo tempo, um vacilo do setor defensivo do Botafogo permitiu o empate do anfitrião, aos 12min. Jean recebeu lançamento e, depois de Bolívar não conseguir o corte, invadiu a área, driblou Jeferson e mandou para o gol vazio. Dez minutos depois, o time de Oswaldo de Oliveira retomou a frente no placar. Rafael Marques dividiu com o goleiro na grande área e, na sobra, Seedorf tocou para o gol vazio.
Nos acréscimos, o Madureira ainda viu diminuir a chance de empatar ao ter Rodrigo expulso: recebeu cartão vermelho aos 47min, depois de fazer falta dura em Bruno Mendes.

Bota contesta súmula e aguarda julgamento para defender Seedorf

Gerente executivo de futebol do Alvinegro diz que conversou com o jogador e ele negou que tenha ofendido o árbitro Philip Bennett contra o Madureira

Seedorf foi expulso no fim da partida

Depois da divulgação da súmula do jogo entre Botafogo e Madureira, em que o árbitro justificou a expulsão de Seedorf com supostas ofensas, a diretoria alvinegra se pronunciou. O gerente executivo de futebol do clube, Aníbal Rouxinol Segundo, contou que conversou com o holandês e que contesta o relato do juiz.
O dirigente disse estar otimista sobre uma possível absolvição do jogador, mas disse que não vai revelar os detalhes da defesa. Seedorf será denunciado no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), que em breve irá marcar a data do julgamento.
- Contestamos o que está escrito e vamos nos defender. Vamos esperar o julgamento, só a partir daí que o caso terá continuidade. Dentro do julgamento, todas as questões serão levantadas. Conversamos com o atleta e de antemão afirmo que ele não disse aquilo. Não é porque está na súmula que o atleta está condenado. Estamos otimistas (na absolvição).
Aníbal Rouxinol contou que ficou sabendo que a Comissão de Arbitragem aprovou a atuação de Philip Georg Bennett, e, desta forma, o clube não entrará com uma representação. O dirigente, no entanto, acredita que houve um erro o juiz ao não perceber que André Bahia entraria no lugar de Cidinho, que estava machucado, e não de Seedorf.
- O árbitro se equivocou, mas vamos aguardar o julgamento. Ficamos sabendo dos elogios que fizeram da atuação dele e que a Comissão de Arbitragem entendeu que ele foi bem.
O dirigente alvinegro disse que o clube entendeu como acertada a anulação da marcação do pênalti cometido em cima de Rafael Marques, apesar da demora da decisão.
- Quando ocorreu, ficamos surpresos. Mas ao que parece as partes se comunicaram e marcação foi acertada.
Philip Bennett não deve ser punido, mas o auxiliar Luiz Claudio Regazzoni, que não alertou inicialmente para a marcação do impedimento de Seedorf na origem do lance, deverá ser afastado para reciclagem.

 

terça-feira, 5 de março de 2013

Sofrer para vencer: Marcelo Mattos comemora superação no Botafogo

Volante volta ao time 24 dias depois de uma torção no tornozelo direito, atua 90 minutos e fica como um dos símbolos da vitória sobre o Fla

  Marcelo Mattos no treino do Botafogo (Foto: Pedro Kirilos / Agência O Globo)

No dia 7 de fevereiro, o volante Marcelo Mattos foi substituído no intervalo da vitória do Botafogo por 4 a 2 sobre o Resende. Inicialmente, parecia uma mudança natural, já que, naquele momento, o time perdia por 2 a 0. No entanto, o jogador havia sofrido uma torção no tornozelo direito, que acabou sendo mais grave do que se imaginava.
Marcelo Mattos ficou fora dos dois jogos seguintes, contra Flamengo e Boavista. Recuperado, ele ficou à disposição do técnico Oswaldo de Oliveira para a semifinal da Taça Guanabara, novamente contra o Flamengo. Não só foi utilizado, como atuou 90 minutos e saiu de campo com a classificação para a final.
- Foi um momento de felicidade. É muito duro ali dentro, difícil. Para atuar 90 minutos, é preciso dedicação para superar o cansaço e entrar no vestiário de cabeça erguida. A melhor coisa do futebol é o sofrimento para vencer. Esse é o dilema do nosso time. Temos jogadores experientes que procuram passar isso para os outros. Só com sofrimento se chega a algum lugar - disse Marcelo Mattos, que deitou no gramado do Engenhão depois da vitória por 2 a 0 sobre o Flamengo.
A redenção do volante acontece justamente pelo ano complicado que passou. Em 2012, ele foi submetido a duas cirurgias na região do quadril que limitaram sua participação na temporada desde maio. O clima no vestiário depois de vencer o Flamengo o deixou satisfeito com o que foi realizado em campo. Agora, foram 24 dias sem jogar antes de ficar novamente à disposição de Oswaldo.
- Tive muitas dificuldades, com lesões graves, e precisei esperar para passar por essas barreiras. Com pensamento positivo, estou tendo a oportunidade de jogar essa final. Vi depois no vestiário a alegria das pessoas que trabalham no clube. Isso já é uma recompensa - contou Marcelo Mattos.
O Botafogo joga domingo, no Engenhão, pelo título da Taça Guanabara, contra o Vasco. O rival tem a vantagem do empate por ter feito melhor campanha na fase de classificação da competição.